agosto 27, 2014

300 palavras de confusão {reblog}




Às vezes eu também canso de vestir essa máscara de paz. Às vezes eu também sinto vontade de quebrar, correr, gritar e, de alguma forma, chamar atenção. Às vezes eu também sinto falta de conversar, de trocar opiniões e filosofias. Às vezes eu também me pego olhando para o espelho na esperança de compreender o meu estado. Às vezes eu também acho que a minha vida é difícil. Às vezes eu também vejo coisas sem sentido, ou coisas lógicas que, na verdade, não têm coerência. Às vezes essa confusão toma conta de mim e eu só quero deixar passar para poder voltar a usar a minha máscara.

Definitivamente todas as garotas passam por fases complicadas na vida. Em lugares que adoecem seus espíritos, em dias que parecem multiplicar momentos dolorosos e em cores sombrias. Mas tudo isso passa. Passa? E volta. Em diferentes lugares, dias e tons de cinza. 

Há certos dias que invejo pessoas cercadas de amigos verdadeiros. Sei que nem todos acabam juntos, muitos simplesmente têm um fim despercebido no espaço. Há certos dias que eu gostaria de poder confiar mais nas pessoas. Sei que elas me desapontarão mais uma vez, até mesmo sem querer. Há certos dias que percebo que tenho pessoas maravilhosas me cercando. Sei que sou a culpada em afastá-los, mas em alguns casos tento trazê-los de volta.

Adaptações são difíceis. Quando uma novidade aparece, devemos nos adaptar a ela para o melhor convívio com a vida. Mas e quando algo desaparece? Em minha opinião, é o pior tipo de adaptação, principalmente quando não escolhemos tal. Manter a calma, a sanidade, a postura e o sorriso são ações completamente difíceis então. E ai? Que caminho seguir? Colocar as mágoas para fora ou a máscara da paz? Bom, talvez minha escolha tenha sido ilícita.

Nayla.

Originalmente postado em 30 de agosto de 2012

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